quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Governo entra com representação contra médico que denunciou falta de insumos no Walfredo Gurgel

Denúncia do médico teve repercussão nacional O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), protocolou denúncia contra o médico Jeancarlo Cavalcante, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Norte (Cremern), que fez um vídeo, no início do mês, revelando a falta de fio de aço, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, para fechar uma cirurgia torácica.
A denúncia da Sesap foi protocolada no Cremern e no Conselho Federal de Medicina, já que o médico é presidente do Conselho Regional.
O caso do vídeo ficou conhecido nacionalmente, depois que a Rede Globo veiculou matéria no Jornal Hoje. Na falta do material adequado, Jeancarlo Cavalcante precisou fechar a cirurgia com fio de náilon. O vídeo gravado pelo profissional também repercutiu em outros veículos de abrangência nacional.
A assessora jurídica da Sesap, Catarina Lins, explica que o órgão considera errada a forma como o médico fez a denúncia.
"No momento em que ele estava realizando a cirurgia, existiam dois tipos de fios de aço, inclusive um de qualidade superior ao que ele solicitou. Então a forma como ele fez a denúncia não foi apropriada. Ele deveria ter procurado os setores correspondentes. Percebemos problemas de caráter ético", afirma a assessora. 
Médico afirma que cumpriu com sua missão ao denunciar deficiênciasJeancarlo Cavalcante responde que cumpriu com a sua missão, enquanto presidente do Cremern. "Não podia me omitir diante de tal situação de falta de insumos, principalmente por ser presidente do Conselho Regional de Medicina. A reação do Governo do Estado é equivocada. Eles deveriam apresentar explicações à população sobre a falta de material nos hospitais", afirma o médico.
Sobre a afirmação da assessora jurídica de que existiam outros materiais para fechar a cirurgia, Jeancarlo Cavalcante diz o contrário.
"Não tinha outro material, inclusive a própria diretora do hospital, quando entrevistada, disse que realmente não havia fio de aço na unidade. No dia seguinte, a direção precisou pedir fio de aço emprestado a um hospital particular para substituir o fio de náilon", destaca o presidente do Cremern.

Fonte: O Mossoroense

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