Uma operação da 10ª Delegacia de Polícia Civil, realizada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (13), prendeu um grupo de 10 torcedores torcedores do América-RN suspeitos de envolvimento no assassinato do adolescente Flávio Augusto da Costa Leandro, de 17 anos, morto em novembro do ano passado, em Natal, quando voltava para casa após o jogo ABC x ASA, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série B. A operação foi coordenada pela delegada Alzira Veiga, que investiga o homicídio.
Os presos chegaram à delegacia, localizada no conjunto Pirangi, na zona Sul da capital, algemados e vestidos com camisetas de uma torcida organizada do América. A namorada de um dos suspeitos está entre os detidos. A delegada não revelou que tipo de participação os suspeitos tiveram no crime. Ao G1, ela disse apenas que durante uma coletiva de imprensa, a ser realizada ainda nesta quinta, dará os esclarecimentos sobre o caso.
Investigação
A Polícia Civil reuniu a imprensa no dia 19 de novembro do ano passado para dar esclarecimentos sobre o andamento das investigações. Durante a coletiva, foi dito que não estava descartada a possibilidade de que a rixa entre as torcidas organizadas de ABC e do América tenham motivado as mortes de dois jovens.
"Ainda temos muito pouco sobre esses dois assassinatos. Por isso, não podemos descartar a hipótese da rivalidade entre torcidas organizadas do ABC e do América. Por enquanto, o que podemos garantir é que vamos tentar elucidar o quanto antes essas duas mortes", falou na ocasião o então diretor de Policiamento da Grande Natal (DPGran), Odilon Teodósio.
O crime
Além de Flávio, foi baleado e morto no dia 15 de novembro do ano passado o também torcedor do ABC Ismael Aprígio Teixeira, de 18 anos, alvo de disparos de arma de fogo na zona Norte da cidade.
Flávio e Ismael foram alvejados quando retornavam para casa. Segundo a Polícia Militar, os dois vestiam camisas de torcidas organizadas do ABC. Flávio morreu após ser baleado em Neópolis, na zona Sul da ciadade. Já Ismael, foi atingido no loteamento José Sarney. Os dois ainda foram socorridos com vida ao hospital, mas não resistiram aos ferimentos.
Em entrevista ao G1, o pai de Flávio disse não acreditar que a polícia fosse capaz de prender os criminosos que tiraram a vida do filho dele. "Gostaria muito que esse crime não ficasse impune, que quem fez isso pagasse por ter destruído a minha família. Mas, acho difícil isso acontecer. Eu só acredito na justiça de Deus", falou João Evangelista poucos dias após o crime.
Fonte: G1
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