quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Professores e alunos sofrem com superlotação em sala de aula em Itaú-RN.

O ano letivo mal começou e os problemas já começam aparecer. Desta vez quem se destaca nas manchetes municipais é a Escola Estadual Francisco de Assis Pinheiro
do município de Itaú-RN, que vem sofrendo com o problema de superlotação das salas de aula. Ocasionando desconforto entre os professores e parte dos alunos do 3º Ano “A” Matutino, atualmente com 53 alunos.

A redação do Cidade News recebeu a denúncia contra o descaso por parte da 13ª DIRED que não permite  divisão da turma, dando como justificativa um número insuficiente de alunos para a divisão.

Com isso os educadores são obrigados a fazer o impossível para driblar a atenção dos alunos em busca de uma educação de qualidade. O que até agora não se vê a mínima possibilidade de um futuro promissor para esses pré-vestibulandos.

A cada dia que se passa a situação fica cada vez mais complicada. A educadora Rivanilda, falou a reportagem do Cidade News e expôs suas dificuldades em conseguir passar algo para os alunos dessas turmas superlotadas, que mesmo sendo vista como linha dura pelos educandos, a mesma não consegue impor ordem na sala de aula, dizendo-se preocupada com a aprendizagem desses jovens que tem o ENEM como única porta para ingressar em uma faculdade.

“Eu acho muito triste, e ao mesmo tempo muito prejudicial. Os alunos de 3º ano (que eu trabalho com uma turma pela manhã) está superlotada com 53 alunos; onde nós não temos condições quase nenhuma, que eles escutem o que a gente está falando... Eu estou vendo que estou dando aula para uma minoria que está prestando atenção, e quem está prestando atenção fica todo tempo fulano cale-se! Rivanilda, reclame ali cicrano. E é a turma toda. Estão se prejudicando para o ano mais importante da vida deles que é o ENEM, que é a única porta que eles tem para entrar na universidade. Então isso mim preocupa como professora, como preocupa todos os meus companheiros” destacou Rivanilda.

A professora revelou ainda que os próprios alunos estão insatisfeito com a situação pelo fato daqueles que querem alguma coisa, são prejudicados pelos que não querem adquirir nenhum tipo de conhecimento, principalmente os que estão no final da sala, que não podem ser atendidos pelo professor devido a falta de espaço para se locomover dentro da sala de aula.

Questionamos a professora se a direção da escola havia procurado a Secretaria de Educação ou a 13ª DIRED para solucionar o problema, e de acordo com ela, mesmo com as dificuldades apresentadas, não foi aceito a divisão da turma. Finalizou a nossa conversa dizendo que os únicos prejudicados são os alunos, que com a má qualidade do ensino os mesmos não conseguem ingressar na universidade, apontando a falta de aprovação dos alunos no ENEM da Escola Estadual Francisco de Assis Pinheiro nos últimos três anos, e que dos 58 alunos que concluíram o Ensino Médio pela instituição, apenas 02 foram selecionados pelo Exame, resultado esse das superlotações das salas de aulas, visto que em anos anteriores o número de aprovado era satisfatório e orgulho para uma instituição pública.




A reportagem ainda foi em busca da opinião dos alunos, e pudemos constatar que as opiniões são bastante divididas em relação a superlotação, onde alguns acham melhor a divisão da turma, enquanto outros preferem a situação como está. Ao conversarmos com uma aluna do 3º Ano “A” matutino a mesma disse que depende, tanto da aula como do professor que não consegue impor ordem, causando prejuízos para os alunos, apontando a dificuldade na aplicação das avaliações pelo fato das cadeiras estarem muito próximas e todos responderiam como um grupão.

Já um aluno da mesma turma, avalia a situação como péssima, pelo fato de prejudicar o professor em dar sua aula como os alunos que não querem estudar, e com a divisão da turma seria possível manter a ordem, mesmo diante daqueles que não demonstram nenhum interesse na aprendizagem.

Ao entrarmos na sala de aula, pudemos sentir na pele o que os professores passam ao tentar prender a atenção dos docentes. O barulho é insuportável, sem falar na falta de estrutura física da sala, que não está apta a receber uma grande quantidade de alunos, tanto que os que vão para escola em busca de conhecimento, se sentem prejudicados por aqueles que cumprem uma obrigação imposta pelos pais. Fato esse presenciado pela reportagem do Cidade News que pode testemunhar o confronto de duas alunas que debatiam a situação, sendo uma contra e outra a favor.

O descontentamento não está somente dentro da instituição, os pais dos alunos também são contra a superlotação. Em contado com alguns desses pais de alunos do 3º ano “A” Matutino, destacaram a situação como um horror. Sem possibilidade de um professor conseguir deixar algum aprendizado para seus filhos, e de acordo com eles, se a direção não tomar uma providência, a solução vista é a retirada do seu filho da instituição escolar, que não tem como oferecer uma educação de qualidade, simplesmente pela defasagem da educação no país e principalmente no município.








Fonte: Cidade News.

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