Filha de uma família humilde, deficiente
visual e finalista da etapa nacional da Olimpíada da Língua Portuguesa.
Essa é Maria Heloíza Tavares Barbosa, de 16 anos, moradora da zona
rural do município de Santo Antônio, na região Agreste do Rio Grande do Norte.
O texto que levará a estudante para Brasília foi baseado nas memórias
de uma antiga moradora da pequena cidade de 22 mil habitantes. Os nomes
dos vencedores serão conhecidos nesta quarta-feira (17) em uma cerimônia
na capital federal.
"Foi uma surpresa muito grande. Contei a
história de dona Edith. Procurei falar das sensações. O que ela sentia
quando via tudo aquilo. Foi uma volta ao passado. É a primeira vez
Ajudar a filha deficiente visual motivou a volta da mãe para a sala de
aula. Aparecida só estudou até a 4ª série do Ensino Fundamental. O
marido dele e pai de Heloíza é pedreiro e também estudou pouco.
Na sala de aula, a mãe faz as anotações
para a filha já que a família não possui digitador em braille. Em casa,
as duas estudam o conteúdo juntas. "Me ajuda e incentiva. É muito
importante", diz Heloíza. E apesar de ser parte importante dos estudos e
na mais nova conquista, a agricultora não vai para Brasília acompanhar a
cerimônia da Olimpíada. "É o medo do avião. Vai uma tia dela que já
andou", conta aos risos.
Fonte: FotoCerta.com
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