quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Nova tática em teste, fumaça impede ataque a caixa eletrônico em SP

Criminosos explodem caixa eletrônico em posto de gasolina na Vila Mariana, zona sul de São PauloUm dispositivo de segurança que lança uma fumaça espessa quando um caixa eletrônico é arrombado passou no primeiro teste, na madrugada desta terça (10).

Graças a esse sistema, foram presos três suspeitos de atacar uma agência bancária na zona norte de São Paulo. Segundo a polícia, a falta de visibilidade provocada pela fumaça dificultou a fuga.

O lançador de fumaça é uma das medidas de segurança que estão em discussão pelo governo de São Paulo e pelos bancos para conter a série de ataques a caixas eletrônicos no Estado.

As ferramentas estão em análise por um grupo formado pela inteligência das polícias Civil e Militar, além de representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Segundo a Folha apurou, o método de aplicação de tinta vermelha nas notas de caixas explodidos deve ser substituído. Anunciada como panaceia, a estratégia foi rapidamente superada por criminosos com o uso de produtos capazes de remover a tinta.

Um dos planos do governo seria uma versão mais radical desse processo. Em lugar de apenas manchar, os caixas teriam um dispositivo para destruir as notas após a explosão.

A legislação brasileira, no entanto, proíbe a destruição de papel moeda. O governo paulista consultará o Banco Central sobre a proposta.

Outra ideia, defendida por policiais, seria o fechamento das agências com grades durante a madrugada, mas essa opção sofre resistência de integrantes do grupo de estudo.

A próxima reunião do grupo está marcada para o dia 20.

Conforme a Folha revelou neste domingo (8), além da região metropolitana, o interior do Estado registra uma série de ataques a agências em cidades pequenas.

Armados com fuzis e em grande número, os assaltantes chegam a expulsar os PMs da cidade para explodir os caixas eletrônicos.

Procurada, a Febraban não comentou sobre a ineficácia da tinta nem sobre os métodos que pretende implantar.

De acordo com a Secretaria da Segurança, as quadrilhas responsáveis pelas explosões foram mapeadas e nos últimos 12 meses mais de 170 pessoas foram presas em todo o Estado suspeitas de cometer esse tipo de crime. 

Fonte: Folha de São Paulo via Cidade News

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